Bobeiras da Ana Leticia

Jundiaiense, morando em Teresina, morrendo de saudades da terra da uva... da família, dos amigos, então, nem se fale...

domingo, setembro 04, 2005

Não termina como começa.

Já é tradição eu postar no domingo, né?

Mas... hoje eu não ia postar, a preguiça tava grande demais... só que fuçando blogs alheios, gente do céu, vi cada coisa linda que não aguentei... vim atualizar meu cafofo também.

Como quase todo mundo já sabe, comecei esse blog em outubro de 2.003, e virou meio que um diário mesmo... hoje, quanto mais eu visito os blogs, mais eu vejo blogs de gente que vai se casar, ou que acabou de casar. Diários de noivinhas ou de recém casadas... uma delícia de ler! Ah, se tivesse isso no tempo que eu casei...

Na verdade, falando assim até parece que eu casei no século passado...
ops, pior que casei mesmo, porque 2.000 ainda era século dezenove, né?
Eu vejo gente pedindo fotos do meu casamento, mas eu não tenho no computador e nem vou entortar meu álbum pra escanear, né!!! Naquela época, ainda não tava essa onda de máquina digital (só fotógrafos que tinham)! Mas eu posso dizer que meu casamento foi perfeito, o dia foi perfeito e o marido escolhido, mais perfeito ainda. Fiz dia da noiva, todos os meus padrinhos foram uniformizados e fiz uma festa de arromba, com 600 convidados, num dos buffets mais chiques de Jundiaí... foi um evento..rsrs. Quem foi, sabe que eu não tô mentindo... hehehe

Uma coisa é fato: faz quase 5 anos (casei dia 06/10/2000), e muuuuuuita coisa mudou. Tem alguns convidados que já faleceram, até um padrinho meu, um padrinho muito especial, o Dr. Paulo Sérgio, que foi meu professor de Direito Civil. Se eu aprendi alguma coisa dessa matéria, foi com ele. Como eu conheci o Juliano no primeiro ano da faculdade (estudávamos na mesma classe), esse professor, todo especial, acompanhou todas as nossas fases de namoro - todas as nossas idas e vindas, ele me chamava na mesa no fim da aula pra eu contar o que aconteceu e porque.
No dia que ele se despediu na turma (estávamos no 4º ano), ele saiu com lágrimas nos olhos da classe e na hora eu virei pro Juliano: "Vou chamar pra ser nosso padrinho". O Juliano fez que sim com a cabeça e saímos correndo da sala de aula atrás dele. Gritamos no corredor, ele parou e eu falei: Professor, nós vamos nos casar. O Sr. aceita ser nosso padrinho? Na hora, ele abriu um sorriso e disse: "Claro, vou com o maior prazer, eu aceito". Isso foi em março de 2.000. Depois do casamento, a gente sempre se encontrava na faculdade, ou eu encontrava a esposa dele, que é Delegada da Mulher em Jundiaí.
No fim de 2003, quando o Juliano passou no concurso, ele adoeceu, mas se recuperou. Sua recuperação foi uma alegria. Aliás, ele ficou muito feliz quando o Juliano comunicou a aprovação no concurso de Defensor Público e disse que se naquela hora pudesse escolher qual carreira seguir, escolheria essa (ele era desembargador quando faleceu). A gente se despediu e veio embora pra Teresina.

Bem no comecinho deste ano, o filho deste professor morreu em um acidente de motocross. A partir daí, ele desistiu de lutar pela vida e se entregou. Em abril, ele faleceu. Eu estava estudando na biblioteca da OAB daqui naquela manhã que eu soube. Nem consegui mais estudar, pedi para minha mãe e meus amigos Mário e Juliana mandarem meus sentimentos pra esposa dele, mas até hoje ainda não tive a oportunidade de dar um abraço nela, mesmo porque não vou pra Jundiaí desde março.

Poxa vida, comecei meu post nem pensando que ia terminar triste assim, mas tô chorando...

Tchau e boa semana pra todo mundo...

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