Bobeiras da Ana Leticia

Jundiaiense, morando em Teresina, morrendo de saudades da terra da uva... da família, dos amigos, então, nem se fale...

sexta-feira, setembro 23, 2005

O que falta aqui

Olá a todos!!!
Não atualizei domingo porque escrevi um post gigante e quando fui publicar, sem querer chutei o computador bem em cima do botão de ligar e adivinha???????

Então, aí fiquei com preguiça de escrever de novo...

Hoje eu tava comentando o que eu sabia a respeito do Piauí antes de vir pra cá... eu sabia a mesma coisa que os piauienses sabem do Acre...hehe

E cada vez eu vou descobrindo mais coisas que não tem aqui e que me fazem falta. Vou falar algumas, vê se vcs que conhecem, sobreviveriam sem:

- Pão Pullman (consequentemente Ana Maria, Bebezinho, bisnaguinha, rocambole da Pullman - nem nada da Seven Boys tem. Quando eu falei do pão Pullman, eles me responderam: "pra gente, pulma é marca de tênis"... eu respondi que pra gente também é. Só que Pullman é outra coisa. Aliás, não tem Pão Pullman, Seven Boys, Wickbold, etc... pão de forma, só o feito nas padarias daqui mesmo);

- Bala Chita (mas eu tenho, a Thaís me trouxe dois sacões!!! E para os paulistas que encontrei e dei uma, quase choraram de emoção, juro!!!);

- Donuts (do tipo do Dukin Donuts);

- C&A, Penambucanas, Americanas, Carrefour, Mc Donalds, Habbibs, etc (todos estes, tirando a C&A que parece que tá chegando e o Habibs que não tem mesmo, já teve aqui, mas foram embora);

- Uva niágara (a uva de Jundiaí!! Aliás, uva docinha aqui é só a uva rubi. As outras são azedas que dói até a alma);

- Torta holandesa, paçoquinha e outros doces, como doces árabes.

Essas coisas são as que, na minha cabeça, em todo lugar do Brasil teria. Mas aí, a gente vê que uma coisa que parece tãããão comum, como o pão Pullman, não é tão comum assim! Se fosse comum, tinha no Brasil inteiro... em compensação, o bolo Laura, que é feito em Várzea Paulista, do lado de Jundiaí, tem aqui no Makro!!

Bom, coloquei essas coisinhas que me faltam aqui, e eu sei que pra muita gente, vai parecer que faz muita falta: eu diria que, lendo isso há dois anos atrás, eu não sobreviveria (principalmente sem a C&A e o Mc). Mas hoje estou aqui e feliz, porque apesar de faltar essas coisas aqui, tem outras coisas bem legais, que adoro, como por exemplo o "beiju recheado de queijo" da Dona Raimunda da OAB, feito com goma e macaxeira ralada que ela mesmo prepara!!!
Beijos a todos!

domingo, setembro 11, 2005

Com minha vida está tudo bem!
Com meu serviço e com meus estudos, também.
Com minhas amizades, tudo nos conformes.
Com a saudade, maior que nunca!!
Hoje faltam exatamente 33 dias pra eu viajar pra Jundiaí, depois de 7 meses! Imagina, gente, 7 meses sem voltar pra sua cidade... pra mim, um tempo grande demais! A Lívia, minha sobrinha fofa e vitaminada já vai estar completando quase 8 meses e a última vez que a vi, ela tinha apenas poucos dias de vida. Mas eu nunca mais vou fazer isso comigo: não me permito ficar mais tanto tempo sem passar pela terra da uva. Em dezembro eu volto pra lá.
No serviço, tudo vai bem, trabalhar nesse ramo da Criança e Adolescente é ótimo. Inclusive, como eu amo de paixão crianças, tô no céu. Fiz até um cantinho, com uma mesinha e cadeiras que eu comprei no Makro, giz de cera e folha de sulfite colorida. Tem em cima dela, além do giz de cera e as folhas, um pote cheio de pirulitos e balas, e um monte de bexigas do lado.
Eu inventei de colocar os desenhos na parede, agora quase nem tem mais espaço pra todo mundo.... hehehe. Na verdade, eu queria uma brinquedoteca, mas eu sei que seria inviável. Primeiro, porque o espaço físico não dá e segundo, porque a Defensoria não teria verba pra fazer isso. E eu, muito menos - só consegui alvará do Juliano pra comprar a mesinha e cadeiras.
Mesmo a gente só fazendo atendimento a adultos, geralmente eles vão acompanhados das crianças, que ficam ouvindo tudo. Lembra que eu já contei do caso de uma menininha aqui? (clique aqui quem quiser ler). Então, eu quero evitar a conversa que a criança pode lembrar pra vida inteira. Além disso, a defensoria só atende gente pobre, e gente adulta pobre já sofre, imagine crianças... Outra coisa que é engraçada, é que as crianças enfiam a mão no pote e pegam 1 bala ou 1 pirulito. De repente, um adulto que tá do lado, vê, vai lá e enfia a mão e enche o bolso. Vocês podem achar que eu tô brincando, mas é verdade. Nem disfarço que as balas e pirulitos são exclusivamente para as crianças. Aliás, teve até uma história esses dias... um cara entrou lá, viu o pote de balas, enfiou a mão e pegou... eu só olhando pra cara dele. Aí ele virou e falou: "são só para as crianças?" - rindo, imaginando que eu fosse dizer "não, pode pegar também"... eu respondi, bem seca: "É!" O cara ficou sem graça. Depois, ele voltou e perguntou pra Raquel (estagiária) se eu tinha ficado brava... ela disfarçou e disse que as balas são para as crianças mesmo.
De verdade, eu não ligo do pessoal que trabalha por lá passar e pegar uma balinha de vez em quando. Mas ver mãe, tia, avó e prima da criança, sentadas na minha frente, todas com pirulito na boca, enquanto a criança se diverte só riscando o papel, é revoltante. EU NÃO COMPRO PIRULITOS PRA ELAS!!!
Vou tirar uma foto do cantinho de lá e publico aqui... alguém sugere um nome pro cantinho?

domingo, setembro 04, 2005

Não termina como começa.

Já é tradição eu postar no domingo, né?

Mas... hoje eu não ia postar, a preguiça tava grande demais... só que fuçando blogs alheios, gente do céu, vi cada coisa linda que não aguentei... vim atualizar meu cafofo também.

Como quase todo mundo já sabe, comecei esse blog em outubro de 2.003, e virou meio que um diário mesmo... hoje, quanto mais eu visito os blogs, mais eu vejo blogs de gente que vai se casar, ou que acabou de casar. Diários de noivinhas ou de recém casadas... uma delícia de ler! Ah, se tivesse isso no tempo que eu casei...

Na verdade, falando assim até parece que eu casei no século passado...
ops, pior que casei mesmo, porque 2.000 ainda era século dezenove, né?
Eu vejo gente pedindo fotos do meu casamento, mas eu não tenho no computador e nem vou entortar meu álbum pra escanear, né!!! Naquela época, ainda não tava essa onda de máquina digital (só fotógrafos que tinham)! Mas eu posso dizer que meu casamento foi perfeito, o dia foi perfeito e o marido escolhido, mais perfeito ainda. Fiz dia da noiva, todos os meus padrinhos foram uniformizados e fiz uma festa de arromba, com 600 convidados, num dos buffets mais chiques de Jundiaí... foi um evento..rsrs. Quem foi, sabe que eu não tô mentindo... hehehe

Uma coisa é fato: faz quase 5 anos (casei dia 06/10/2000), e muuuuuuita coisa mudou. Tem alguns convidados que já faleceram, até um padrinho meu, um padrinho muito especial, o Dr. Paulo Sérgio, que foi meu professor de Direito Civil. Se eu aprendi alguma coisa dessa matéria, foi com ele. Como eu conheci o Juliano no primeiro ano da faculdade (estudávamos na mesma classe), esse professor, todo especial, acompanhou todas as nossas fases de namoro - todas as nossas idas e vindas, ele me chamava na mesa no fim da aula pra eu contar o que aconteceu e porque.
No dia que ele se despediu na turma (estávamos no 4º ano), ele saiu com lágrimas nos olhos da classe e na hora eu virei pro Juliano: "Vou chamar pra ser nosso padrinho". O Juliano fez que sim com a cabeça e saímos correndo da sala de aula atrás dele. Gritamos no corredor, ele parou e eu falei: Professor, nós vamos nos casar. O Sr. aceita ser nosso padrinho? Na hora, ele abriu um sorriso e disse: "Claro, vou com o maior prazer, eu aceito". Isso foi em março de 2.000. Depois do casamento, a gente sempre se encontrava na faculdade, ou eu encontrava a esposa dele, que é Delegada da Mulher em Jundiaí.
No fim de 2003, quando o Juliano passou no concurso, ele adoeceu, mas se recuperou. Sua recuperação foi uma alegria. Aliás, ele ficou muito feliz quando o Juliano comunicou a aprovação no concurso de Defensor Público e disse que se naquela hora pudesse escolher qual carreira seguir, escolheria essa (ele era desembargador quando faleceu). A gente se despediu e veio embora pra Teresina.

Bem no comecinho deste ano, o filho deste professor morreu em um acidente de motocross. A partir daí, ele desistiu de lutar pela vida e se entregou. Em abril, ele faleceu. Eu estava estudando na biblioteca da OAB daqui naquela manhã que eu soube. Nem consegui mais estudar, pedi para minha mãe e meus amigos Mário e Juliana mandarem meus sentimentos pra esposa dele, mas até hoje ainda não tive a oportunidade de dar um abraço nela, mesmo porque não vou pra Jundiaí desde março.

Poxa vida, comecei meu post nem pensando que ia terminar triste assim, mas tô chorando...

Tchau e boa semana pra todo mundo...